Daí vocês me perguntam: Como pode ter uma crítica se o filme só estréia dia 29 de abril? Bom, mesmo a estreia sendo, aqui, no dia 29 de abril, o filme já foi assistido pela imprensa sortuda.
A partir do livro de Sara Gruen (escritora canadense militante de várias causas a favor dos animais), o filme conta a história de Jacob Jankowski (Robert Pattinson, de A Saga Crepúsculo), jovem filho de imigrantes poloneses que vê sua vida desabar, da noite para o dia, durante a Grande Depressão dos anos 30: seus pais morrem num acidente e ele fica sabendo que não tem nada, além de dívidas. A solução é, literalmente, colocar o pé na estrada, como vários desempregados e novos pobres faziam naquela época. Jacob entra de cabeça no primeiro trem que passa, sem saber que estava embarcando na maior viagem de sua vida: o circo. É lá que ele descobre as agruras do trabalho duro, o valor da amizade, a luta pela sobrevivência, a loucura, o ódio e, claro, o amor. Tudo permeado pela magia do chamado ‘”maior espetáculo da Terra”. Um mundo de ilusões que exigirá de Jacob muito discernimento e coragem para que ele possa bancar os caminhos que decidiu escolher pela vida.
Um belo drama romântico à moda antiga. Assim pode ser definido Água para Elefantes, novo filme de Francis Lawrence, o mesmo diretor de Eu Sou a Lenda.
Água para Elefantes é um filme de narrativa tradicional, talhado á imagem e à semelhança dos grandes clássicos de antigamente. Preocupa-se apenas em contar bem a sua história, o que faz com muita eficiência, graças não somente à direção segura de Lawrence, como também ao afiado elenco.
Pattinson prova que tem talento e carisma para seguir carreira “solo”, livre das amarras da saga crepuscular que o levou à fama. Reese Whiterspoon, que não precisa provar mais nada, dá conta de seu papel com qualidade, alternando momentos de doçura e frieza sempre que as situações dramatúrgicas assim o exigem. E Christopher Waltz (o destaque de Bastardos Inglórios) novamente vive, com perfeição, um difícil personagem de contornos esquizofrênicos. Se ele não tomar cuidado, ficará rotulado por este tipo específico de interpretação.
A reconstituição de época e a direção de arte são de encher os olhos, e fotografia do mexicano Rodrigo Prieto (o mesmo de O Segredo de Brokeback Mountain e Biutiful) parece ser ótima. Parece. Infelizmente não deu para enxergá-la muito bem na escura projeção da sala 7 do Cinemark Pátio Paulista, onde foi feita a exibição para a imprensa. Como já aconteceu em várias outras oportunidades, diga-se. Com os preços dos ingressos e da pipoca do jeito que estão, o Cinemark bem que poderia cuidar melhor da manutenção de seu equipamento.
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